Por Irineu Staub
Nas dezenas de vezes que contatei o Irany Sant 'Anna, um tema sempre presente foi a transparência total com jogo limpo (ressalvadas questões estratégicas) sobre as contas e finanças do clube. Sei que as finanças do clube foram entregues a um profissional competente e honesto.
Não posso dizer o mesmo dos outros dirigentes porque não os conheço, não tenho contato direto com eles e também não sei do que ocorre nos bastidores da casa. Seria leviano comentar sobre a atuação profissional dos mesmos, embasado apenas em fontes e informações secundárias.
A maior parte das análises que faço sobre os interesses do clube, tem por suporte as matérias publicadas pela imprensa esportiva. Nota-se, claramente, com base no que se diz nesse meio, que a "comunicação corporativa" está falhando e que falta mapeamento, racionalização e sistematização de alguns processos executivos e gerenciais e da comunicação interna e externa.
Pode-se perceber também e nitidamente, que o Grêmio continua às voltas com os problemas de territorialidade humana, que opõe e antagoniza os interesses das facções políticas em permanente disputa por espaços de prestígio, status e poder. Não é, necessariamente, o caso do presente confronto de idéias, números e dirigentes.
Mas, quanto à imprensa, continuo "reclamando" com ou sem razão,
tanto pelas abordagens superficiais, quanto pelo reducionismo simplista quando se trata dos interesses do Grêmio e, principalmente, pelas reiteradas perspectivas negativas adotadas por alguns jornalistas que "analisam" fatos do clube. Pode-se suspeitar que se não lhes falta o indispensável conhecimento técnico e metodológico da atividade do jornalismo sério e objetivo, sobra-lhes viés “clubístico”, para não dizer má vontade!
Em análise de discurso a escolha lexical (vocabulário), é que define a temática e a encaminha a perspectiva do texto. Nesse sentido, costumeiramente alguns jornalistas abordam os assuntos do Grêmio de forma negativa. Não que uma análise isenta e objetiva não deva incluir os aspectos negativos. Qualquer evento do mundo esportivo contém questões positivas e questões negativas. Mas é da ótica negativa que alguns tópicos são redigidos, reiteradamente, nos textos vários comentaristas. Isso vale também para o silenciado, ou seja, aquilo que o texto ignora, omite, esconde e que deveria fazer parte da análise do fenômeno.
Alguns textos chegam a propor absurdos contra os dirigentes gremistas alegando que zerar o déficit econômico-financeiro é ser "contra o futebol". Isso é simplesmente absurdo! Assim, de forma reducionista e simplista, afirmam categoricamente que o vice-presidente de finanças é "contra o futebol", quando na verdade todos os dirigentes sabem que o sucesso no futebol é garantia de fluxo de caixa positivo.
Alguns textos deixaram transparecer, com propriedade, que a área financeira questiona o custo, a qualidade, o baixo rendimento e o pífio desempenho de alguns atletas que oneram, improdutivamente, a folha de pagamentos, no que a avaliação é correta do ponto de vista das finanças. Sem contar que as divergências entre futebol e finanças decorrem muito mais das contradições internas de uma organização clubística do que de desentendimentos pessoais.
Pelo recorrente ângulo negativo empregado, parece que o "propósito dos textos" é muito mais dirigido a "jogar lenha na fogueira" do que noticiar, relatar e analisar fatos envolvendo um dos grandes clubes do Brasil e das Américas, o Grêmio, marca mundial em futebol.
O presente ensaio baseia-se não em textos pontuais, mas nos que corriqueiramente vem sendo publicados na crônica esportiva do Rio Grande do Sul. Dentre eles remeto aos textos abaixo, aos quais falta, nitidamente, uma abordagem fria e isenta:
Texto 1:
Texto 2:
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Obrigado ao Irineu Staub pelo belo post. E assino ambaixo!
E tenho dito!
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