sexta-feira, 2 de julho de 2010

2 de Julho – Do Céu ao Inferno

Em termos futebolísticos era pra ser outro dia histórico, épico e pessoalmente aconteceria algo até então nunca imaginado por mim, mas neste dia sai do CÉU e fui pro INFERNO em poucas horas.

O CÉU

Estava no Céu porque neste dia, após 6 meses de trabalho pesquisando e entrevistando torcedores elaborei um “projeto” e fui honrosamente recebido pelo Presidente Duda para apresentar-lhe as sugestões que vinham de encontro com aquilo que eu confiava ser a “plataforma de governo” de sua gestão: Sanar as dívidas, aumentar a receita e se relacionar mais com o torcedor.

As 14hs lá estava eu conforme combinado, feliz duplamente, pois estava sendo recebido pelo mandatário maior do clube, clube este que me move no dia-a-dia e a noite ainda iria ver AO VIVO (coisa que pra quem mora longe é algo marcante), a mais uma semifinal de Libertadores.

Sai do encontro realizado, pois além de serem bem recebidas as sugestões senti que algo de bom para o Clube estava por acontecer, era questão de tempo.

Desde então, continuo de alguma forma contribuindo para que estas e outras tantas boas idéias de Gremistas comuns como eu e que estão sendo colocadas em prática efetivamente aconteçam, e isso me conforta, me deixa orgulhoso, feliz e realizado.

INFERNO

Horas depois, fui ao inferno sem saber, aliás, muitos como eu devem ter ficado com esta mesma sensação. Eis que em pouco tempo estávamos perdendo o jogo e no máximo que conseguimos foi um frustrante empate. Mas até ai, tudo bem, Libertadores é a nossa cara, não era a primeira nem seria a última, outras tantas virão, assim pensei e assim vários pensaram.

Mal sabia eu o que realmente tinha acontecido de desastroso naquela noite, por não ter rádio e por estar na Social (que não teve problema algum), só fiquei sabendo do terror passado pelos torcedores (inclusive sócios) que não bastasse não cessarem seu direito de assistir ao espetáculo pelo qual ele é sócio ou havia pago, foi sumariamente surrado, e não importava ser homem, mulher, criança, idoso... e isso tudo dentro da nossa casa: O Velho Casarão.

Selo alusivo ao 2 de julho do Blogremio
Não faltam relatos de torcedores que desde então não pisaram mais na nossa casa, pois mesmo o Grêmio tentando reparar o irreparável, as seqüelas causadas em cada um que vivenciou aquele episódio é pessoal e são inquestionáveis e compreensíveis, infelizmente.

A vocês torcedores não temos muito o que dizer/fazer, senão lembrar deste dia para que ele nunca mais se repita.

Considero o trágico episódio fora do estádio no jogo no dia 2 de julho como sendo o nosso “11 de setembro de 2001”, e a reunião com o Duda o meu “11 de Dezembro de 1983”.

Que este dia 2 de julho nunca mais se repita, por mais que esta mancha jamais sairá da nossa memória.

Confio em ti meu GRÊMIO, em nossa casa quem manda somos nós, quem comanda somos nós, quem determina somos nós e se é para sofrermos que seja na emoção em um dos tantos jogos com ou sem a Imortalidade, quero ver o sangue do nosso capitão levantando a taça, quero chorar nas derrotas e vitórias, quero apenas... SER GRÊMIO!

E tenho dito!

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