Por: Irineu Staub
O Grêmio, como os demais clubes, tem que reformular tudo.
A começar pela "mentalidade dirigente".
Enquanto a administração não for organizada, estruturada, institucionalizada e “operacionalizada” por administradores profissionais e executivos competentes que façam o clube funcionar independentemente dos ocupantes dos cargos eletivos, isso que se “convencionou” chamar de "gestão de clubes” será apenas uma incerteza à mercê dos "tocadores" de mandato, que se sabe "como começam, mas nunca como terminam"!
Sem a indispensável implementação estrutural dos processos organizacionais, “vingará” sempre o mesmo discurso de conselheiros, dirigentes, comissão técnica e imprensa, com o equivocado endosso da torcida: adotar a “falaciosa” solução de "trocar as moscas"!
A questão fundamental é que a "IDEOLOGIA DO AMADORISMO" EXPULSOU A CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO da vida dos clubes!
O futebol transformou-se num grande, complexo e milionário negócio, estruturado sobre múltiplas e contraditórias perspectivas, demandas e interesses, sepultando de uma vez por todas os "achismos", amadorismos e outros "ismos" que contaminam o que seria a "gestão" dos clubes!
Só a Administração (no sentido de Ciência Empírica operada como tecnologia de intervenção na realidade) poderá mudar a performance dos clubes, por meio do diagnóstico, planejamento e administração estratégica, com objetivos, os meios para alcança-los, padrões de desempenho e critérios de atuação.
Infelizmente, fora da Administração não há mais salvação! Acabou o tempo do “jeitinho”!
Conduzir um colosso do tamanho do Grêmio sem estrutura e administração profissional é apenas apelar ao uso repetitivo da fórmula do "embromation" combinada com "enrolation" e que geralmente acaba em "enganation"!